Deputado Arolde com o jovem Amalé na Câmara dos Deputados (Foto: Ledison Costa)

No próximo dia 21 de novembro, Amalé Kamaiurá completará dez anos de vida. Contudo,
além do aniversário, a data lembrará o maior drama da vida do jovem indígena. Amalé é
um símbolo da luta pela vida das crianças em aldeias indígenas. O pequeno índio foi
enterrado vivo logo após o parto por sua mãe, Kanui, seguindo a tradição da aldeia de
matar os filhos de mãe solteira da tribo.

A história emocionante de Amalé é conhecida em todo o país e já foi fruto de
reportagem de revistas como a IstoÉ e também de um documentário (Veja abaixo). A
sobrevivência de Amalé se deu à atitude corajosa de sua tia Kamiru que o desenterrou.
A Funai, o organismo estatal que tem a missão de cuidar dos índios, esconde números
mas os pesquisadores já detectaram a prática do infanticídio em pelo menos 13 etnias,
como os ianomâmis, os tapirapés e os madihas.

Veja o vídeo que conta a história de Amalé

Amalé visitou o gabinete do deputado federal Arolde de Oliveira na última quarta-
feira, 9, e emocionou o parlamentar. “Embora existam diferenças culturais, nossos
valores cristãos não nos permitem aceitemos essas práticas que atentem contra a vida
humana”, declarou Arolde.

Os motivos para o infanticídio variam de tribo para tribo, assim como variam os
métodos usados para matar os pequenos. Além dos filhos de mães solteiras, também são
condenados à morte os recém-nascidos portadores de deficiências físicas ou mentais.
Gêmeos também podem ser sacrificados.

(IstoÉ/Redação)