“Cura gay”: o apelido maldoso que fez cair o PDC 234/2011 por balela
Deputado Arolde critica postura da Câmara de não enxergar o real sentido do projeto

Deputado Arolde fez duras críticas à forma como a Câmara conduziu a tramitação do PDC 234/2011 (Foto: Arquivo Câmara)
Cura gay. Esse foi o apelido dado pelos grandes setores da imprensa para o projeto de
lei complementar PDC 234/2011 do deputado João Campos (PSDB/GO) e ex-líder da Frente
Parlamentar Evangélica. O projeto foi retirado de pauta e arquivado na última semana
em votação no Plenário da Câmara. Como vice-líder do PSD, o deputado federal Arolde de
Oliveira apresentou o voto do partido pelo arquivamento, mas não sem antes criticar a
postura do Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados pelo pedido de arquivamento.
“Cura gay é um apelido. O que está em causa uma instituição, ou uma entidade
representativa de profissionais que determina que seus afiliados não possam se
expressar e opinar sobre assuntos”, protestou o parlamentar. Isso porque, de acordo
com a resolução do Conselho Federal de Psicologia, nenhum psicólogo pode atender mais
nenhum paciente que queira tratar a sua homoafetividade.
“Isso é o controle da liberdade de expressão das pessoas. Nenhuma consulta médica
ocorre sem que seja voluntária. Se é voluntária, também essa resolução está cerceando
o direito individual do cidadão, seja ele gay, seja ele o que for, de procurar um
profissional para se tratar”, continuou o parlamentar. O PDC 234/2011 previa retirar
desta resolução este impedimento de tratamento para homossexuais.
Para Arolde de Oliveira, a Câmara caiu na “balela” da mídia. “Isso tudo foi colocado
por uma minoria nesses movimentos, e nós estamos entrando nessa balela aqui na Casa de
não vermos a verdade dos fatos e de não lermos realmente o que está por trás”,
concluiu.
(Redação)
Tag: Arolde de Oliveira, Comissões Parlamentares, Cura gay, Direitos Humanos, Frente Parlamentar Evangélica, João Campos, Pastor Marco Feliciano, Plenário da Câmara, PSD