Arolde relembra casos do Mensalão, Natan Donadon e Marco Feliciano em retrospectiva (Fotos: Gustavo Lima)

“Impossível entender o absurdo”. Com essa frase, o deputado federal Arolde de Oliveira
subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para criticar a postura dos colegas em alguns
episódios que marcaram o ano de 2013. Em tom de desabafo, Arolde destacou os
sentimentos de constrangimento, incompreensão com algumas posturas dos colegas de
casa, e atacou principalmente o partido do Governo (PT). “Lembranças muito tristes.
Resta, para nossa tristeza, ver o poder legislativo cada vez mais desgastado”,
lamentou.

O julgamento do Mensalão e todos os seus desdobramentos, desde a condenação, passando
pela votação dos embargos infringentes e concluindo nos mandados de prisão, foi o
assunto mais citado. “Tiveram colegas que foram contra o Julgamento e ainda atacaram o
presidente do STF que conduzia o caso. Tivemos reuniões de desagravo do PT pela
condenação além de uma encenação para tentar comover a Casa”, acusou.

Arolde apelou para a ética que deveria nortear a atividade parlamentar acima do
partidarismo e corporativismo e citou também os casos dos deputados Marco Feliciano
(PSC-SP), pressionado a renunciar a presidência da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias, e Natan Donadon (PMDB-RO), condenado por formação de quadrilha e que teve
seu mandato mantido em votação secreta no Plenário da Casa. “Esquecem que a montanha
de dinheiro roubada do contribuinte poderia salvar pessoas da morte nas emergências
dos hospitais, e melhorar a qualidade de vida das famílias brasileiras”, apelou.

(Redação)