Arolde está reticente sobre a indicação de Luís Roberto Barroso

A indicação do advogado Luís Roberto Barroso para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) provocou polêmicas no Poder Legislativo. Muito se deve ao fato de o jurista, especialista em direito constitucional, ser a favor das legalizações da união estável homoafetiva e do aborto. O deputado federal Arolde de Oliveira admitiu preocupação com o indicado da presidente Dilma Rousseff, mas preferiu aguardar a votação do Senado, que acontece dia 5 de junho.

O parlamentar, que deu entrada num decreto legislativo contra a Resolução 175 (que autoriza o casamento civil homossexual), afirmou que será preciso confiar na neutralidade do magistrado e na decisão da presidente. “Nós temos uma posição em relação ao aborto. A gente sempre fica preocupado. Mas temos que olhar pelo outro lado. A presidente escolheu um magistrado para colocar lá, temos que dar um voto de confiança de que vai agir de forma neutra”, lembrou, destacando que pode ter sido uma escolha pontual. “Isso soou como uma afronta, uma tendência da vontade da própria presidente”.

Para que Barroso, de 55 anos, assuma a cadeira será preciso a aprovação do Senado após a sabatina que acontecerá na próxima quarta-feira, 5 de junho, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Arolde preferiu aguardar até lá antes de julgar as convicções do postulante ao STF. “Temos senadores nossos lá, que vão levantar questões, ele vai responder, e teremos uma ideia. Veremos melhor o perfil, a proposta realmente dele”, concluiu.